quarta-feira, 2 de julho de 2008

Filhos - por que tê-los?


Bem, muitas pessoas me dizem que a vida com filhos não muda em relação a vida sem filhos, lógico que no que diz respeito aos nossos objetivos e relacionamentos.
Mas na verdade, além de toda a dinâmica diferente que invade uma casa quando ela recebe bebês e toda a rotina relacionada aos filhos, ao crescimento das crianças e tudo mais, creio que o fator principal que muda é que você deixa de viver apenas para você e começa a pensar em outra pessoa, que suas conquistas tornam-se valorizadas e ganham o objetivo de agregar mais valor à vida daquela pessoa em especial, além do fato de que eu acredito que passamos a viver muito mais com os olhos em outra pessoa do que com os olhos voltados para si mesmo.
E muitas coisas simples passam a ter sentido novamente, como árvores de natal, ovos de páscoa e outras rotinas simples que renascem com as descobertas de uma criança.
Assim, muitas dúvidas nos assolam a cabeça quando passamos a pensar que talvez o filho esperado não venha e que todo o seu mundo ficará assim congelado como hoje, para sempre.
Fora que todos acabam perguntando sobre a ausência de filhos e nem sempre estamos zen o suficiente para respondermos na boa. Quer dizer, no começo vc fala: "é, ainda não é a hora". Depois começamos a falar: "é mesmo, quem sabe um dia, né?" Depois de alguns anos, quando já estamos deixando de pensar sobre o que as pessoas vão pensar, começamos a responder: "ah, sim, estamos tentando!" E por último, quando descobrimos que o filho não vem pelas vias naturais, perdemos o resto que tínhamos de orgulho e sobriedade e começamos a contar isso para todo mundo, como se fosse possível alguém nos ajudar de alguma forma. Pois no fundo nos sentimos desamparados, como a pessoa que está desempregada há muito tempo e começa a falar para todos sobre sua situação...
Mas no fim, temos que saber que nem todos os casais tem ou terão filhos, que a ciência ajuda mas não pode resolver tudo, que a fé ajuda, mas não consegue garantir milagres para todos que pedem, que o desejo de ter um filho não é o estopim para ele ser gerado...
No mais, montamos até blogs bobocas como este, que não sei como fazer para as pessoas o lerem e me contarem suas experiências (é, estou virando ignorante nestas novas tecnjologias), pois no fim, nem seus comentários sobre a situação acabam servindo para alguma coisa...
Acho que acima de tudo, a imagem que me vêm à mente quando penso na ausência de filhos é que a estrada será percorrida de forma solitária, mesmo quando a percorremos juntos como casal. Faltarão as risadas, as correrias dentro de casa, as brincadeiras, os gritos alegres dos pega-pegas, as bolas coloridas e brinquedos espalhados pelo chão. Faltarão as cores e a alegria, além de um sentido maior para nossas vidas, um sentido que todos buscamos, mas que só encontramos na família e junto daqueles que amamos. Mesmo junto daqueles que amamos mas que nunca nasceram...

4 comentários:

Anônimo disse...

Alla hu akhbar!!!

Dali disse...

?????
ichi, que é isso??? vírus?

Natasha disse...

Dalila, eu sei exatamente o que é isso que vc está passando, concordo plenamente com suas colocações.
Um abraço

Dali disse...

Querida Natasha, obrigada pela visita e pelo apoio...
mil beijos