segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tristeza em um novo dia...

A Taís nos brindou com uma boa notícia, um sopro de esperança, um pouco de luz neste caminho tão árduo, cheio de pedras e cujas flores são muito raras. Mas infelizmente as notícias tornaram-se muito tristes.
Querida Taís e meninas que estão neste mesmo barco, eu queria dizer que temos umas as outras, que temos muito em comum e que não estamos sozinhas. Que devemos tentar enquanto nosso coração mandar (e agüentar), e que também devemos saber que as coisas nunca serão fáceis para nós.
Este é o fardo que devemos carregar. Algumas de nós sairão dessa história com seus bebês nos braços e um sorriso de vitória nos lábios. Algumas tentarão até perceberem que a natureza não os dará este presente. E bem, seguiremos as vidas, cada uma com sua história, suas decisões, seu passado. Qual será o nosso destino? Seria fantástico viajarmos 20 anos no tempo para descobrirmos o quanto deveríamos ter insistido, para que o resultado fosse o desejado. E se viajarmos e descobrirmos que nunca soubemos quando deveríamos ter parado? Bem, ninguém sabe qual a decisão correta, pois jogamos dados com a natureza, com algo que está além de nosso alcance, além das coisas que sempre soubemos como enfrentar. Afinal, desde jovens aprendemos a vencer os anos letivos, passar no vestibular, arrumar emprego, trocar de emprego, planejar carreira, se formar, comprar nossa casa, nosso carro, conquistar nossa independência. Para tudo isso bastou nossa dedicação e sacrifício. Entretanto, hoje nos deparamos com algo muito além de nossa vontade, que exige algo além da dedicação e sacrifício. Algo que não temos o poder de gerar, de manter em nossos úteros, de manter em nossos colos ou em nossas vidas.
E então pensamos: o que devemos fazer? Acreditar na ciência? Tentar a religião? Testar nossa fé e nossos pensamentos positivos? Deixar nas mãos de Deus?
Não existe resposta correta. Aliás, não existe resposta.

Gostaria de todo meu coração que todas as pessoas que sonham ser mães pudessem um dia ser aquelas que sairiam com os bebês nos colos. E que aquelas que sairiam com os braços vazios fossem aquelas que abandonariam seus bebês, que jamais os quiseram ou que seriam capazes de deixá-los em caixas de papelão. Esse seria o mundo justo.
Mas infelizmente, este mundo não é justo e o mundo real não parece discernir entre aqueles que cuidarão de seus herdeiros daqueles que abandorão seus filhos à mercê da sorte. O universo deveria ser mais esperto neste sentido. Felizmente muitas pessoas lindas têm a oportunidade de gerar seus bebês ou de criar seus filhos do coração. Algumas pessoas lindas não terão a mesma sorte, mas coisas ruins também acontecem com pessoas boas...

Querida Taís, meu abraço mais que carinhoso agora, meu apoio e meu ombro, sempre que você precisar. Te admiro muito e gosto muito de você, espero que Deus te carregue no colo e dê paz ao seu coração.

No mais, sei que palavras não têm nenhum sentido nestas horas, então saiba que estou aqui se precisar, ok? Me escreva se quiser meu telefone, querida amiga.

2 comentários:

tais disse...

Dalila minha querida obrigado pelas palavras de carinho as quais busco todos os dias afim de acalmar meu coraçao...amanha vou fazer um beta com a linda da Ejeisa (pessoa maravilhosa),nao aguento mais ficar nessa situaçao que o Dr Lister ensiste em me colocar isso ta virando pesadelo...
Mas tenho força e um pouco de fé tambem ...
Estou procurando acreditar que DEus tem um proposito para tanto sofrimento.
Sei que preciso aprender agradecer mais e pedir mesmo...Agradecer pelo meu marido maravilho,por minha familia,por todos terem saude e mais por amigas maravilhosas como vc..vc tem msn amiga???
Bjs

Dali disse...
Este comentário foi removido pelo autor.