quinta-feira, 28 de junho de 2012

Animada!

Pessoas! Hoje estou animada!

Meus exames ficaram prontos e pude ligar na clinica para pedir os medicamentos!
E já recebi minha listinha!
Foi muito legal, parece que agora sim comecei o tratamento!

Vou usar:
Synarel - spray nasal
Menopur - 300mg/dia - injeções
Olvidrel - injeção - A última, pré-aspiração

E também por que amanhã o marido vai buscar os medicamentos e meu lado Becky Bloom está abanando o rabinho por comprar! Comprar! Comprar! Como é boa a sensação de passar o pedacinho de plástico na maquininha e ter a sensação de que todos os problemas do mundo serão resolvidos!
Essa Becky é mesmo um gênio! Hehehe

Sério, esse tratamento é desgastante, estressante, caro, etc. etc. (antes e depois, principalmente) mas enquanto estamos no durante temos essa estranha euforia, pois realmente temos a impressão de que estamos "fazendo acontecer", pois diferentemente das tentativas naturais onde todo o processo é invisível e interno, na FIV todo o processo é externo, visível passo a passo, cronometrado, científico, exposto. Isso nos dá uma sensação de ação, de movimento em direção ao objetivo...

Meninas, tem que dar certo! Estou animada de novo!
Obrigada por toda a torcida nos últimos posts, continuem torcendo assim que desse jeito não tem como falhar! Obrigada!
vou contando aqui, ok?

Agora torcida pela Val! Positivo sábado heim?

Ahh, sobre as outras coisas: voltei hoje para o Vigilantes do Peso, e estou desde ontem contando os pontinhos. Comprei aquele Sopão Maggi de Legumes, sabem? É uma delicia e cada prato raso tem só 1 ponto. Tem sódio prá dedéu, mas nada é perfeito, né? Comi 4 hoje (Hahaha) mas ainda tenho pontos sobrando...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Tratamento - Status

Pessoas,
Desculpem pelo humor trash do último post. Estou melhorando...

Vamos atualizar as news sobre o tratamento, ok?

Alguns resultados de exames já saíram e soube algumas coisas:

Células NK (natural killers) no útero: na biópsia mostrou 10% dessas células. O médico explicou que até 15% é um número normal, mas ainda assim, é possível que ele dê um remédio para evitar que isso atrapalhe a fixação dos embriões.

Vitamina D - estou com deficiência (não posso ver sol desde que virei vampira, quer dizer, desde que ganhei manchas no rosto... Sério, minha dermato falou: Dalila minha filha, vida de vampiro a partir de agora! Sol só de passagem, correndo para um local coberto, com chapéu, óculos escuros e litros de protetor solar com base! - tá certo que concordo com algumas coisas: não enxergo sem óculos escuros no sol, o protetor solar com base que a Bibi indicou é joia e ainda esconde as manchas (Eucerin) agora, chapéu no way!) então iniciei ontem suplemento vitamínico. Pois sol, no way mesmo. Viro um dálmata.

Sábado fiz exames de FSH, TH e Estrogênio. Ficarão prontos na quinta feira, se não houverem alterações, os próximos passos serão:

No dia 10/07 iniciarei o Synarel, que é um spray nasal que serve para retardar os efeitos dos ovários (numa linguagem muuuuito leiga) e assim é possível maior controle do desenvolvimento dos folículos, que crescem e amadurem todos juntos.

Desta forma, devo fazer a aspiração + transferência no final de julho.

Vamos fazer ICSI e vamos colocar os embriões no quinto dia, ou seja, no dia em que eles viram blastocisto. As chances de implantação são maiores, mas os riscos também são maiores no sentido de não ter embriões para transferir, pois muitos não sobrevivem tanto tempo em ambiente artificial (em geral, as transferências são feitas no terceiro dia, quando os embriões estão com 8 células). Mas vamos encarar o risco, pois queremos mesmo fazer tudo diferente desta vez. O médico informou que as chances de implantação são de até 65% com os blastocistos! Vai ser a primeira vez em que as chances de dar certo serão maiores que as de não darem...

Por enquanto, tenho que aguardar os resultados do exame de sangue, ligar na clínica, informar sobre o resultado e então receber minha lista de medicamentos. Comprá-los e aguardar o dia 10.

Vou contar passo a passo aqui, ok?

Meninas, dessa vez tem que dar certo!!!

Bjs e falamos, ok?

domingo, 24 de junho de 2012

Deprê show

Pessoas, como estão?

Bom, eu estou aqui desanimada, cansada e mais gorda que nunca. Quando olho no espelho, tenho vergonha da pessoa que me tornei - gorda, com os cabelos cheios de brancos, com cara de lua (manchada) e corcova de camelo. E nenhuma, nenhuma vontade de consertar essas coisas. Tenho que esperar o tratamento, quando todas essas coisas vão piorar mais ainda... Mais manchas na cara (melasmas, aquelas manchas de gravidez, por que eu não tive as gravidezes, MAS as manchas??? Ahhh, essas eu tive!) mais kilos na balança, mais expectativa, mais esperança (ahh. essa. Essa. Maldita. Esperança.)

De novo estou esperando acontecer um treco que não controlo, não tenho poder sobre e não consigo saber o que vai dar...

Eu sei, deveria estar animada antes do tratamento, eu sei, eu sei...( Ahhh, sim, desta vez vai dar certo! Dessa vez vai dar.... )mas não estou... estou cansada. Queria resolver de uma vez, resolver e nunca mais voltar a pensar nisso. Vida suspensa de novo, de novo essa expectativa e de novo essa vontade de esquecer isso e só voltar a pensar nisso em 10 anos. Mas não posso. Toooo old. Too fucking old. Se esperar mais 10 anos, acabou. Aliás, se esperar mais 3 é Game Over. Então tem que ser agora.

Mas, de verdade, estou cansada e sem ânimo. E se der negativo DE NOVO? Aí vou ter que encarar o monstro no espelho pior do que ele já esteve em toda sua vida. E retomar o dia da marmota, o mesmo dia, forever and ever...

Afff.

Essa merda de adoção poderia resolver o impasse para mim, né? Assim, mágico. Com um telefonema. Sem medicamentos, sem mais kilos nessa corcunda gorda, sem mais expectativas. Mas desse meio eu já desisti. Ninguém vai me chamar. E se me chamar, vão me ligar talvez... Em 10 anos. Game Over. Again.

Cansada, pessoas. Cansada. Amanhã começo a tomar diet Shake no jantar, mesmo sabendo que só vou poder fazer isso por, no máximo, uns 20 dias.

Depois eu conto os próximos passos do tratamento, hoje estou sem ânimo...

***

Ok, chega de lamentos, vamos falar de uma coisa boa.

Conheci a Tati e vi o Kenji, que é o bebê mais lindo do mundo! Ele é fofo, e cabeludo e lindo! E meninas, não fiz o scrapbook que prometi que faria... Correria total, sorry...

Esse blog já me rendeu boas lembranças e a grata oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, que se tornaram amigas do coração mesmo. Conheci a Ane, a Maria Lívia, a Renatita e agora a Tati. Que gratas oportunidades! Precisamos promover encontros das tentantes, assim podemos trocar figurinhas!

Quanto às outras que eu não conheci, tenho pessoas no coração para sempre, mesmo sem nunca ter dado um abraço, mas cujas historias me inspiraram, me ajudaram, me fizeram crescer, pensar, evoluir. Um abraço especial para a amiga Taís, para a Susana, para as meninas de Portugal que me acompanharam há alguns anos atrás e para as meninas de agora, que já estou em contato há um ano: Bibi, Val, Cláudia, Dinha, Lene, Tati, Tati Brum, Rose, Bruna, Anjinho... Enfim. Pessoas todas que me ajudaram muito....
(Caaaaaalmaaaa! isso não é um bilhete suicida, só estou escrevendo isso por que não encontrei todas! Take it easy!).

Enfim, mesmo quando não estamos a fim de escrever, esse treco de blog vale a pena por que conhecemos pessoas especiais, que passam pelas tristezas e expectativas dessa montanha russa da infertilidade juntas, e isso, seria impossível fora do mundo virtual. Aqui, fora da tela, todas as pessoas engravidam e são felizes para sempre, tem filhos quando querem, não tem a bunda gorda ou a cara do Rorschach (não que vcs tenham isso, só eu tenho isso). Aqui fora, é difícil encontrar alguém capaz de entender por que eu, estando à beira de iniciar um novo tratamento - com um médico que estou adorando, com ideias e iniciativas diferentes - estou me sentindo totalmente fracassada. Totalmente desanimada. Vcs entendem?

Enfim. Sorry. Deprê show mesmo hoje.

***

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Adoção

Olá,

Recebo muitas matérias sobre adoção e sempre penso em colocar  textos sobre o assunto aqui, mas acabo nunca colocando, pois elas são em geral estatísticas, tratam o processo de forma tendenciosa ou são acusativas. Muitas informações eu até acho interessantes e importantes, mas em geral me deixam com um gosto amargo na boca.

E então hoje recebi o texto abaixo.

Um texto leve, bonito e interessante, que toca nuances profundas com delicadeza e sinceridade. Gostei muito e gostaria de compartilhar com vocês.

Espero que vocês gostem.



Atitude adotiva
A naturalidade da adoção
Publicado em 11.06.2012, às 08h05

Por Guilherme Lima Moura
É natural que os casais, a certa altura da vida comum, busquem na gravidez a realização do tornarem-se pais. Com “natural”, quero dizer o comum, o frequente, o socialmente esperado. Tudo à nossa volta conspira para que seja assim. Afinal, todas as nossas convenções culturais nos definem como pais que se constituem enquanto tais pela procriação. Crescemos e vivemos sob a crença tacitamente partilhada de que a gravidez é o processo pelo qual alguém se torna pai ou mãe.

A naturalidade da filiação é assim (socialmente) definida em termos biológicos.

Entretanto, como é sabido, algumas pessoas possuem configurações biológicas que terminam por tornar a gestação uma impossibilidade. A fecundação não chega a ocorrer ou, ainda mais doloroso, a vida intrauterina é abruptamente interrompida. Para muitos, é nesse contexto que surge a opção de se buscar na adoção a realização da filiação tão almejada. E é aí que alguns se deparam com um tipo de mal estar. Paira sobre eles a sensação de que recorrem a uma espécie de “plano b”. Angustiam-se na culpa por buscarem na adoção uma alternativa de “segunda classe”, só cogitada a partir da falência dos planos iniciais em torno da gestação.
Falo aqui especialmente a estes que vivem essa condição de “limbo paterno/materno”: sofrem o luto por uma expectativa de filho que não chegou a se realizar e, ao mesmo tempo, consideram que este filho talvez possa já existir e estar a um passo de, através da adoção, chegar-lhes aos braços cheios de amor.
Nesse contexto de emoções ambíguas, que oscilam entre a dor e a esperança, o tempo e o diálogo franco são os grandes companheiros. Etapas não devem ser queimadas. O luto cumpre o importantíssimo papel de não transformar esperança em precipitada fuga da realidade. Isso porque é fundamental entendermos que o filho adotivo não deve surgir em substituição ao filho biológico. Todo aquele que (em qualquer contexto) é desejado para ocupar um lugar que é de outro, corre o risco de nunca ter seu próprio lugar, de nunca poder ser quem é, de nunca atender às expectativas que lhes são cruelmente impostas. Então, esse “outro” precisa morrer também na nossa emoção, para que aquele que agora passamos a desejar tenha direito ao seu próprio lugar afetivo nas nossas vidas.

Em que consistirá, então, realmente a naturalidade da filiação?

A esta altura os leitores desta coluna já estão cientes de que o significado da adoção, que aqui anunciamos, é maior do que tão somente a especificidade de determinado tipo legal de constituição familiar. Como temos dito, a adoção é a via de construção da filiação. É um processo relacional e afetivo que ocorre historicamente através do cotidiano. Como processo relacional, ele é uma via de mão dupla, ou seja, pais adotam filhos e filhos adotam pais. É preciso que tal circularidade ocorra para que a relação afetiva se estabeleça. E isso acontece na convivência de modo especial e único para cada família.

Entretanto, essa construção afetiva inicia-se antes mesmo de dar-se o primeiro encontro. Antes ainda de pais e filhos se conhecerem. Ela nasce na expectativa, no crescente desejo que alimenta previamente a predisposição amorosa dos futuros pais. Surge mesmo da necessidade que estes elaboram de terem, junto a si, aqueles a quem devotarão o melhor dos seus amores e cuidados. Surge da necessidade de termos filhos.

É importante entendermos que nem sempre a preferência prévia pela filiação adotiva implica em um olhar natural para a adoção como experiência de filiação. Às vezes, ela surge de um mal entendido, no qual este “sempre quis adotar” é fruto de uma intenção aparentemente caridosa de “salvar crianças”. Eis um grande equívoco! Se quisermos contribuir com o bem estar de menores em situação de risco, podemos nos engajar em inúmeras ações valorosas que existem à nossa volta. É uma bela iniciativa. Mas a paternidade e a maternidade não devem constituir-se numa experiência baseada em troca, do tipo “hoje eu salvo você, amanhã você me salva”. O amor de pai e mãe é um amor que nutre tão somente a expectativa de que os filhos sejam felizes.

Portanto, a construção da filiação adotiva como uma alternativa à gestação não faz da adoção uma escolha menor. Na realidade, respeitado o tempo do luto, tal decisão revela o entendimento maduro de que a naturalidade da filiação ocorre no afeto, ou seja, na adoção! Quem se torna pai ou mãe pela adoção deseja simplesmente ser pai ou mãe, e entende que a adoção é um meio legítimo de realizar este seu desejo.

Meus filhos são meus filhos façam o que façam, sejam o que sejam. E assim o são somente porque eles e eu assim o desejamos e assim o fizemos ser. Isso é adoção. Natural assim!
*As colunas assinadas não refletem, necessariamente, a opinião do NE10



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tratamento - Status

Pessoas.

Fui ao médico e ele me pediu mais exames. Vamos fazer a FIV só em julho mesmo, tivemos que postergar um mês. Iríamos fazer esse mês pois faria um mês que o maridón tava tomando os remedinhos e ele estava com dores fortes nas pernas e percebeu que perdeu um pouco os cabelos (os pelos das pernas dele também caíram, o que foi bastante bizarro... Ou foi o remédio, ou ele virou cross dresser. Bom, mas o maridon ficaria mais bunitinho, eu acho, enfiado num tailler azul com meias finas e piruca-capacete-acaju). Mas o doutô mandou ele parar medicamento e começar outro. Então, bom, acho que ainda vai fazer exame e acho que começo o Synarel esse mês e faço a FIV mês que vem... Mas só viu saber se é isso mesmo quando os red days começarem.

A má noticia, meninas, é que não sei o que vou ficar falando aqui... Estou um desanimo total para postar sobre filhos e tudo que penso é para protestar: contra essa bloody Hell história das sacolinhas, contra o uso de borboletas em casamentos (é o fim, pelo amor!!), contra a volta da Tara no True Blood (morre praga, peloamor!), contra escolher os assentos na fila do cinema (whyyyy ohhh whyyyy??? Todo mundo demora milênios naquela desgraça! Deixa o povo sentar onde quiser!!)... Enfim, tem mais uma ladainha interminável de reclamações, protestos e chatices. Juro que vou tentar pegar leve, ok?

No mais, conheci mais uma amiga de blog e foi um grande prazer e uma grande alegria! Já conheci a Ane e a Maria Lívia e agora foi a vez da Renatita, por puro acaso: estamos fazendo tratamento no mesmo médico e tínhamos consultas no mesmo dia, com a diferença de que a Renatita estava lá para receber os parabéns pelo positivo, não é o máximo?

Depois eu volto para contar sobre Prometheus (eu assisti! Na pré-estréia mesmo, não agüentei) e sobre a volta de True Blood. E para reclamar das sacolinhas, das borboletas, da fila no cinema, dos cabelos brancos (que agora pululam da minha cabeça como aranhas anêmicas), das dietas...

Enfim. Bjs e até mais!

domingo, 3 de junho de 2012

MIB, Os Vingadores e Game of Thrones

Pessoaa,

Fui assistir o MIB homens de preto 3 e é ótimo! Adorei os outros 2 e foi muito legal ver o terceiro. É divertido, o Will Smith continua um gato e o filme em 3D foi bem legal (e apavorante nas cenas de altura! Estar em cima do Empire States em 3D foi assustador). Divertido, uma boa chance de ver um filme levinho e engracado. Os ETs são legais e estão até monitorando a Lady Gaga como um deles. Dessa vez um Alien do mal resolve voltar a 1969 para impedir que o agente K (o Tommy Lee Jones) o prenda e acabe salvando a Terra de uma invasão alienígena (do povo do alien do mal, chamado Boris, o Animal). O final é interessante e inesperado.

Fui ver também os Vingadores e também adorei. Não gostei muito do Thor, Hulk e do Capitão América (foi o melhorando dos 3) separados, mas esse é muito bom. Nem é preciso dizer que quem rouba a cena é o Robert Downey Jr., com seu carisma, charme e sarcasmo todo (adoramos os canalhas né? Eles são os melhores!). As melhores piadas são dele, e as seqüências de ação não são mega-boring como a maioria dos filmes de aventura (é povo, eu durmo quando começam as perseguições de carro-moto-helicóptero e tiros de 38-9mm-bazucas-bombas), entao, como não me deu sono, foi bem legal. O Loki, irmão do Thor vem até a Terra buscar um cubo capaz de abrir uma fenda no espaço-tempo (aff será que era isso mesmo?) por onde podem passar os guerreiros que virão tomar a Terra. Os vingadores, formados pelo Homem-de-ferro, a Viuva negra, Thor, Hulk, Capitao América irão formar o exercito que irá proteger o planeta (de Nova York, claro). Legal, vale a pena.

Game of Thrones - o último capitulo da segunda temporada "A Fúria dos Reis" irá ao ar hoje, às 22h na HBO. Foi uma ótima temporada, que tirou um tantão de enrolarão do livro. Deixaram a história da Daenerys com algum sentido, pois esse segundo livro só me fez odiar ela ainda mais. Também mudaram um pouquinho a história do Jon Snow, que ficou mais consistente. O primeiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo é ótimo pela capacidade do autor de matar personagens centrais e destruir enredos inteiros, que pareciam prontos e promissores e por uma jogada do destino, vão ao chão. Mas tenho a impressão que nos livros 2 e 3 o autor vai perdendo essa capacidade de surpreender, esse desapego das historias e personagens que tornaram o Jogo dos Tronos tão interessante, e tira aquelas surpresas de tirar o fôlego do primeiro livro. Uma pena. Mas recomendo a segunda temporada. Foi muito boa!

Agora estou esperando ansiosa por Prometheus!
Será que meus queridos Aliens irão aparecer de novo? Para quem assistiu o 8 Passageiro, a história começa com a nave Nostromo (ahh eu lembrei!) sendo acordados devido a descoberta de uma nave alienígena no planeta LV-426. Lá, todos os tripulantes estão mortos, um gigante tem um buraco no estômago e há ovos estranhos no chão, lembram? Então um "parasita" nascido de um deles gruda no rosto do tripulante da Nostromo (Kane) e bem, dali nasce o oitavo passageiro do título. Foi um dos filmes que eu mais gostei na minha vida (é povo, vcs já viram que sou meio nerd) e saber desse filme me encheu de expectativa. Fui ver o "Aliens o Resgate" quando eu tinha uns 9 anos no cinema e foi mega-fodástico. Já devo ter assistido esse filme umas 100 vezes na vida... (acho q isso me afetou as idéias, não?? ) o filme Prometheus acontece antes do oitavo passageiro, e tenho a impressao de que é a nave que a Nostromo encontra no chão em LV-426. Oba, mal posso esperar!

sábado, 2 de junho de 2012

Geração "Culpa"

Pessoas,

Estava no trânsito pensando onde diabos eu iria jogar um longa vida de um suco (que diabos é aquilo? Papel? Plástico? Alumínio? Nada?) depois que eu recolhesse o lixinho do carro (aahááá, vc pensou que eu iria jogar pela janela???) e me sentindo culpada pacas por que não teria lugar certo para jogar todos aqueles papéis e embalagens de balas e outros trecos (preciso parar de comer) e comecei a pensar em quantas e tantas vezes nos sentimos culpados por tudo durante o dia.

Nos sentimos culpados por tudo: pela poluição, pela sujeira nos rios, por trabalharmos demais e vivermos de menos, por comermos porcaria, por não nos exercitarmos, por gastarmos dinheiro em coisas que nunca vamos usar, por jogarmos fora a comida que estraga na geladeira, por não ajudarmos suficientemente os outros, por desperdicarmos, por não irmos na igreja...

Nos sentimos culpadas por não termos filhos (e nos sentimos particularmente muito culpadas de algo muito terrível (e desconhecido) que nos impede de termos essa grande benção que é um filho, mesmo quando sabemos que o problema é biológico, é físico, é, sei lá, qualquer outro), quando temos um filho e precisamos trabalhar nos sentimos culpadas por trabalhar e deixar o filho na escolinha ou com parentes; se não trabalhamos, nos sentindo culpadas por não trabalharmos e ficarmos em casa "sem fazer nada" - mesmo trabalhando mais do que fora de casa - ou porque não poderemos daí dar aquele curso para os filhos (por falta de grana) ; ou quando eles crescem e se deparam com um mundo egoísta e cruel e se assustam, pois demos tudo à eles (pois nos sentíamos culpados por não passarmos mais tempo com eles) e hoje eles terão que lutar sozinhos para conseguir qualquer coisa...

Nos sentimos culpados pela degradação do planeta, pelo excesso de gente no mundo, pelo detergente que usamos e que vai para os rios, pelos doces que comemos, por não fazermos uma pós, por não termos mestrado, por não termos terminado a faculdade, por não sabermos inglês ( e francês, espanhol, mandarim, sueco, alemão, japonês...) enfim, por tudo, não?

Sou da geração X, não sou Y, talvez a Y se sinta menos culpada, sei lá, ou talvez eu seja a única neurótica aqui (podem jogar a primeira pedra, eu aceito total) sei que até as coisas das quais não temos culpa - escravidão, perseguição dos índios, guerras, trafico de drogas, trombadinhas, crianças abandonadas, a extinção dos pandas, a morte das baleias, as tartarugas que comem sacos plasticos, os pesticidas, o cigarro.... Tudo isso é jogado no nosso colo, pela mídia, pela sociedade, por nós mesmos... como se tivéssemos como tomar decisões por todos, por nossos antepassados... E tivéssemos como fazer alguma coisa...

A geração passada era a Geração Paz e Amor... Depois se tornou a Geração Prozac (talvez por que não acharam nem a paz, nem o amor...) e eu acho que a nossa é a Geração Culpa. Será que vão nos inventar um Prozac também?

Eu espero que sim.