domingo, 11 de julho de 2010

O futuro...

Oh, minhas amigas queridas, como fico feliz quando vejo que conseguiram seus sonhos! Penso que talvez comigo ainda haja esperança, não?
Preciso visitar a Thais (juro que vou, no dia que conseguir tirar férias!)e gostaria de mandar meus abraços e grande carinho para nossas amigas de Portugal que ainda veem esse blog meio empoeirado...

Bom, vamos lá.

Esse ano, estou emagrecendo, tomando boletas para emagrecer, me cuidando (cuidando da cara toda manchada, das banhas que já estavam me sufocando e recuperando um pouco da auto-estima). Ano que vem, volto para as FIVs!!! Já me decidi. Esse ano não vai dar, uma vez que não tenho dinheiro para isso. Vou ver uma palestra no centro ABC, que diz ser mais barato, mas depois eu conto como foi. Por hora, vou pesquisar. E ano que vem acho que vou acabar fazendo o tratamento em Curitiba que a Thais fez, o gravidez garantida. Mais uma vez, se eu conseguir tirar férias, vou até lá e conto para vocês como foi.

No mais, adoção, depois dessa nova lei, eu acho muito menos provável que elefante jogar bola usando tutu listrado, pois para cada criança que chega a um hospital, um monte de papéis se formam diante da mãe e todos possíves adotantes em toda a família, vizinhos, gatos, cachorros periquitos e papagaios. Vocês acreditam que eu li uma reportagem dizendo que agora, depois dessa fantástica nova lei de adoção, 4 crianças já foram adotadas? Em seis meses? em um país de 190 milhões de pessoas? Fantástico não? Ficou realmente muuuuito melhor. Menos de uma criança por mês no país inteiro. Eu posso estar preparada e montar o quartinho, comprar enxoval e estar preparada, pois com certeza, na minha próxima encarnação alguém me liga do fórum...

Então, vou voltar para os tratamentos...

Mas meninas, preciso dizer para vocês: a idade está pesando. Comecei esse blog cheia de esperanças de escrever sobre barrigas e enxovais, 3 anos atrás, aos 31 anos. Hoje, com 34, à beira dos 35 começo a ver meu dia a dia sem filhos. Já tentei um milhão de vezes. Já desisti outro milhão de vezes. Já voltei a acreditar. Já tive esperança. Já matei as esperanças. Já xinguei as esperanças. Depois voltei a ter esperanças.
Ah, como existem dias de vazio por toda a casa, por toda a vida, por toda a existência! Como tem dias em que passamos nos perguntando se temos uma família, se essa é nossa família diminuta, se será esse núcleo que vai nos acompanhar até a morte? Tem dias que fico feliz se for só assim, pois pelo menos meu marido, meus pais e familiares estarão me seguindo até o fim, não? Mas tem dias que falta tanta coisa! Tanta coisa!

Bom, o que podemos fazer, não? Só o que podemos... tratamentos, filas infinitas de adoção, uma meia esperança que não destrua sua vida depois. Meios pensamentos. Pensar em tudo meio na penumbra, para não doer demais quando vemos tudo às claras.

Mas o relógio tá batendo mais forte nos meus ouvidos a cada dia... me falando, cada vez mais alto: os 35 estão chegando... os 36...os 37... os 40...

O que vai acontecer quando chegar um momento em que o relógio chegou no seu limite? ah, melhor pensar no escuro... pode ser que a luz machuque a retina...

5 comentários:

disse...

Oi Dalila, sei bem quando vc fala sobre o relógio estar batento mais forte nos ouvidos: estou com 37 anos e tb passando por tratamento. Ainda não demos entrada em adoção, pois preferimos esgotar todas as nossas possibilidades com a FIV. Mas, vamos em frente sim, não desista. Vá visitar esse programa que vc falou em Curitiba, vc ainda está na idade em que eles aceitam. Só não deixa passar muito tempo mesmo, pois realmente as coisas dificultam... eu que o diga!!! Boa sorte prá ti. Um grande beijo, Lú

disse...

Oi Dalila, sei bem quando vc fala sobre o relógio estar batento mais forte nos ouvidos: estou com 37 anos e tb passando por tratamento. Ainda não demos entrada em adoção, pois preferimos esgotar todas as nossas possibilidades com a FIV. Mas, vamos em frente sim, não desista. Vá visitar esse programa que vc falou em Curitiba, vc ainda está na idade em que eles aceitam. Só não deixa passar muito tempo mesmo, pois realmente as coisas dificultam... eu que o diga!!! Boa sorte prá ti. Um grande beijo, Lú

Diário da minha Carol disse...

Dalila,
achei seu blog por acaso e o que vc escreveu hoje parece que foi escrito por mim há um tempo atrás.
Tive que te escrever...
Casei aos 30 e desde que me conheço por gente tive desejo de ser mãe. Na época meu marido pediu para esperar . Ok. Engravidei aos 33 anos depois de dois anos de tentativas. Perdi o bebê com aproximadamente 11 semanas. Dor...
Depois de vários tratamentos (IA) consegui graças a Deus e Nossa Senhora minha bebezinha que está com um mês de vida.
Não desista. Tem horas que a dor nos faz fracos e com vontade de desistir. Mas uma vida sem filhos para mim seria muito mais doloroso do que tentar e tentar várias vezes sem sucesso. Persista querida. Que Deus te abençoe.

Luciana Nogueira disse...

Convido você a conhecer meu blog: damammy.blogspot.com/

estou à espera da maternidade

abraço

Luciana
Guarulhos/SP

Dali disse...

Meninas, obrigada pelos comentários, adicionei seus blogs aqui...
bjs e boa sorte para vcs também!