domingo, 8 de setembro de 2013

Ser mãe...

Recebi esse texto quando ainda estava grávida e chorei ao ler essa mensagem... Segue para compartilharmos, pois é muito verdadeira.

Bjs e bom domingo!


DEDICADO A TODAS AS MAMÃES E FUTURAS MAMÃES!
***

Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em “começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa — ela diz, meio de brincadeira. — Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde n
os finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: “E se tivesse sido o MEU filho?”; que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote; que um grito urgente de “Mãe!” fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina; que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, no McDonald's, se tornará um enorme dilema; que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho; que ela a daria num segundo para salvar sua cria — mas que também começará a desejar mais anos de vida, não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias, se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que, através da história, tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender por que eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que me torno temporariamente insana quando discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.

Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Quero que ela prove a alegria que, de tão real, chega a doer.

O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá — digo finalmente. 


Autor desconhecido

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

4 meses e os dois lados da maternidade

Essa semana teve consulta de 4 meses do pequeno, ele está com 8 kilos e 63 cm, voltou de lá com remedinho para o nariz (que estava trancado e escorrendo, resto de um resfriado da semana passada) e com uma pomadinha para passar na bochechinha que estava queimada do frio.  
Ele já aprendeu a sentar, a segurar os objetos puxando com as duas mãos e levando tudo à boca, já dá gargalhadas e não para no berço quietinho. Está quase rolando, já vira para os dois lados e fica durinho sentadinho no colo. Fica um tempão nos olhando nos olhos e sorrindo,  como quem diz: "eu conheço vc! Vc é a minha mãe!" dá vontade de agarrar!
Um dia típico com meu pequeno agora: Quando eu acordo de manhã ele está atravessado no berço, jogando as duas perninhas para cima, acordadinho mas sem chorar, quando me vê abre o maior sorriso do mundo, eu falo bom dia, vou para a cozinha preparar a mamadeira dele, dou a mamadeira, tento dar o peito, que agora ele não pega mais (agora que eu comecei a gostar de amamentar, e agora que parece que estou com um pouco mais de leite, pois chega a vazar!) , às vezes ele pega um pouquinho e tem dias que volta a dormir, principalmente se acorda antes das 7h, senão, fica acordado e só tira um cochilinho às 11h. Ainda dou as mamadeiras de 3 em 3 horas religiosamente e ele não chora mais quando está com fome, só reclama um pouquinho se atraso alguma mamadeira, mas agora chora quando está com sono e eu fiz a caca (contra todos os conselhos de livros e revistas e tias e amigas e avós e babycenter e dr. Google...) de fazer ele dormir no colo, comigo em pé, balançando e indo de um lado para outro, manjam? Pois é, o total oposto dos aconselhado, pois com certeza eles gostam pacas e voilá, aprendem a dormir assim rapidinho... então agora ele chora falando uh unh uuhhh e eu tenho que carregá-lo e cantar musiquinha, balançar e esperar até ele dormir. Às vezes recomeçar tudo de novo, pois é só encostar no berço para acordar na hora...
Mas enfim, eu fico com ele no colo, canto, converso e tento dar o peito. Coloco na cadeirinha (aquelas cadeirinhas musicais, sabem?) que ele adora, ele brinca depois pede para dormir um pouquinho e assim vai o dia todo. Ele ri para tudo, até quando se assusta com algum barulho.
Passamos o dia assim, entre mamadeiras, cadeirinha, alguma atividade tipo rolar ou tentar pegar brinquedos, colo, soneca, colo, cadeirinha, visitas e lá pela meia noite, sono até o dia seguinte. Ele não acorda de madrugada mais há séculos e a mamãe agradece, pois já durmo como dormia antes de ele nascer.
Sabado ele foi à primeira festinha de aniversario. Ficou bem, meio incomodado com o barulho, entao  ficamos pouco. Mas foi bem legal sair com ele assim, para um lugar com bastante gente! E ele estava lindão de jardineira branca e azul e botinhas! Pena que não dá para colocar foto aqui...
Enfim, isso tudo é a parte boa...

Bom, mas tem a parte ruim...

A parte ruim é que nunca estive tão gorda em toda minha vida e que está difícil pacas fechar a boca, minhas juntas estão todas duras e doendo desde o parto o que me faz andar igual aquela homem-barata-edgar do MIB - homens de preto, lembram? Tô andando daquele jeito! As costas doem, as mãos, o joelho, a sola do pé.... Pessoas, acho que acordei do parto com 70 anos...e uns 400 kilos...
Estou enjoando de ficar o dia todo em casa também... E ao mesmo tempo com o coração apertado por voltar a trabalhar e ter que deixar ele na escolinha... Licença está na reta final, tenho só mais um mês e mais um mês de ferias, ou seja, em outubro volto a trabalhar...
Comecei a ver algumas escolinhas, fiquei chocada com o conceito institucional no começo (tinha a impressão de que iria abandonar meu filho em um orfanato), mas agora achei uma escolinha que eu gostei e que me fez ficar mais tranquila. Parece que ele vai ser bem-cuidado lá, mas ainda tenho pena pois desde bebezinho ele já vai estar em uma escola e não brincando e descansando como deveria e merecia... Enfim, isso ainda vai dar muitas voltas na minha cabeça até eu conseguir digerir...
Enfim. Muitas neuras além de muita desavença, turras e torturras com o espelho, aquele maldito lá...
Bom, falamos mais depois, vou ver se não sumo...

Bjs!