Estamos oficialmente na fila para a adoção. Nosso número? 151. Aí a mulher deu uma longa explicação de que na verdade tem umas firulas de que umas 70 pessoas estão com crianças em fase de adaptação, e que esse número não é fechado, etc. No fim, ela falou que estamos no número 70 e poucos, o que achei deveras weird. Em seis meses devo voltar lá para ver se esse número se mexeu.
hmmmm.
Perguntei:
-Se eu souber de uma criança e a mãe quiser fazer adoção consensual para mim, eu posso adotá-la? (quase causei um enfarte na mulher com essa minha pergunta)
-Se vc trouxer uma criança aqui, daremos a criança para o primeiro da fila!!! Nada de furar fila! Não pode! non ecxisteee! (hehe)
**o que, diga-se de passagem é no mínimo justo, mas como no Brasil "justo" e "Justiça" são palavras antagônicas, ganha quem tem bom advogado e a tar da fila continua sendo furada anyway. Só os marmitão como eu que não conseguem bósforas nenhumas...
-Se eu for num orfanato e achar uma criança, posso adotá-la?
-Senhora, não há ninguém em nenhum orfanato com as características que vc pediu. Se vc não queria com essas características, deveria tê-las colocado de forma diferente... (dããã) A senhora deveria aguardar mais um pouco, e se resolver mudar as características, poderá alterar a ficha.
Sei que saí do Fórum tão ou mais desanimada do que quando entrei. Nada anda nesse país. Aliás, nada anda na minha vida. Deve ser por que sou uma pessoa das trevas. Ou porque tenho escamas nas costas? Mas falando sério. Sei que a vida de todo mundo é complicada, tudo demanda esforço, mas sabe, eu até que tenho algumas coisas, consegui outras, mas mêu, será que não dava para de vez em quando alguma coisa ser um pouco mais fácil não? Até para ter filhos, que todo mundo tem, eu tenho que passar por uma luta de anos e anos que nem sei se vai dar certo? Ave! Tô como Térésa Bátisxta, cansada de guerra...
Estou aqui quebrando a cabeça para saber o que devo fazer... Devo tentar novo tratamento? Estou consultando nosso caso com uma conhecida clínica de Campinas, eles oferecem outros tratamentos além da FIV. A dúvida é, outros tratamentos ajudariam?
ah, well, sei lá. Sei que todo mundo que eu conheço está ficando grávida, menos eu. E tô com uma certeza latente de que esse negócio de adoção vai dar certo quando já estivermos os dois de cabelos brancos e bengalas em punhos, quando eu não lembrar mais para quê serve aquele treco de lã tão famoso, fechado de um lado e aberto de outro que tem tantos e tão coloridos nas gavetas... e que estranho, sempre em parzinhos... para quê mesmo que servia, heim??
Bom, será que devo começar a procurar nos orfanatos por crianças mais velhas? Será que é uma boa? Será que vai dar certo? {suspiro}
Acho que vou guardar dinheiro para tentar outra FIV. Mas até eu ter o dinheiro já morri de ansiedade... e será que ainda vou me lembrar o que são os misteriosos parzinhos de lã?
bjs e até mais
Este blog tenta contar um pouquinho do dia-a-dia de uma pessoa que descobriu depois dos 30 que é capaz de fazer tudo para ter um bebê! Compartilhe comigo suas histórias sobre FIV, ICSI, infertilidade e tratamentos para engravidar
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Adoção - Decisão do juiz
Tenho boas notícias: a Justiça nos considerou aptos a termos um filho! (parece que só a mãe natureza não concorda com isso hehe).
Agora entramos legalmente na fila de adoção. Não tenho muita experiência ou informações sobre o andamento desta tal fila, mas vou ao fórum essa semana para ver a nossa colocação.
Optamos por uma criança até 2 anos, mas nesta característica, a fila pode demorar em média 3 anos. Estou bastante propensa a abrir mão do bebê (afinal, já não abri mão da barriga, resultado de exame, etc.?) e optar por uma criança um pouco mais velha. Preciso pesquisar mais para ver como seria essa experiência...
Fico me imaginando velha (já já chega a idade, a aposentadoria, a velhice) e então vamos olhar para trás e pensar: por que foi mesmo que fiz tudo isso - trabalhar tanto, pagar as contas, ter casa, carro, etc.? E vamos olhar para os lados e perguntar: quem está aqui comigo agora? Quem estará aqui daqui a alguns anos? Quem vai se lembrar de nossas histórias, nossos valores? Com quem vamos dividir os próximos passos, além do companheiro que também já envelhece? E então, será que vai fazer alguma diferença a genética? A barriga? O berço? Os primeiros passos? hmmm... e se fizer? E se isso fizer falta até o fim e sempre nos questionarmos se não seria melhor continuarmos tentando? Que droga. Por que andamos sempre às escuras? Faróis para frente e olhando para o retrovisor?
Quanto aos tratamentos, não vejo muita esperança (não para vocês, para mim meninas - os tratamentos funcionam). Não tenho dinheiro esse ano para tentar. Não sei a situação nos próximos anos. Ninguém sabe por quanto tempo tem emprego e condições de arriscar uma grana preta nisso (e eu realmente não vou ter o $ por um bom tempo...). Vocês sabem como funciona o cadastro na fila de tratamento com baixo custo? Funciona? Anda? Algum dia te chamam?
Hmmm. Também preciso pesquisar isso. Mas estou entrando em mais um momento dark, então tenho que fazer de tudo para só pensar em flores...
Agora entramos legalmente na fila de adoção. Não tenho muita experiência ou informações sobre o andamento desta tal fila, mas vou ao fórum essa semana para ver a nossa colocação.
Optamos por uma criança até 2 anos, mas nesta característica, a fila pode demorar em média 3 anos. Estou bastante propensa a abrir mão do bebê (afinal, já não abri mão da barriga, resultado de exame, etc.?) e optar por uma criança um pouco mais velha. Preciso pesquisar mais para ver como seria essa experiência...
Fico me imaginando velha (já já chega a idade, a aposentadoria, a velhice) e então vamos olhar para trás e pensar: por que foi mesmo que fiz tudo isso - trabalhar tanto, pagar as contas, ter casa, carro, etc.? E vamos olhar para os lados e perguntar: quem está aqui comigo agora? Quem estará aqui daqui a alguns anos? Quem vai se lembrar de nossas histórias, nossos valores? Com quem vamos dividir os próximos passos, além do companheiro que também já envelhece? E então, será que vai fazer alguma diferença a genética? A barriga? O berço? Os primeiros passos? hmmm... e se fizer? E se isso fizer falta até o fim e sempre nos questionarmos se não seria melhor continuarmos tentando? Que droga. Por que andamos sempre às escuras? Faróis para frente e olhando para o retrovisor?
Quanto aos tratamentos, não vejo muita esperança (não para vocês, para mim meninas - os tratamentos funcionam). Não tenho dinheiro esse ano para tentar. Não sei a situação nos próximos anos. Ninguém sabe por quanto tempo tem emprego e condições de arriscar uma grana preta nisso (e eu realmente não vou ter o $ por um bom tempo...). Vocês sabem como funciona o cadastro na fila de tratamento com baixo custo? Funciona? Anda? Algum dia te chamam?
Hmmm. Também preciso pesquisar isso. Mas estou entrando em mais um momento dark, então tenho que fazer de tudo para só pensar em flores...
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