domingo, 25 de outubro de 2009

Mais um passo no processo de adoção


Quanto tempo! Desculpem, mas estou meio fora do ar (leia-se net) ultimamente...


Mas vamos lá - tenho novidades do processo de adoção:


Fomos chamados para a reunião com psicólogos e assistentes sociais na quinta feira. Esse é o 2º passo no processo antes de haver a deliberação do juiz. O próximo passo é aguardar a visita da assistente social em casa. Aí o processo segue inteiro (com cada parecer) para o juiz deferir ou indeferir nosso pedido para "entrar na fila".


Vou fazer um contador aqui para no futuro veremos quanto tempo o processo demora:


  • Entrada no pedido em 22/06/09.

  • Primeira entrevista em 30/08.

  • Palestra em 22/10.


Na reunião eles esclarecem o que são as opções que escolhemos quando preenchemos a ficha, como por exemplo o que é doença tratável leve (pezinho torto, 6 dedinhos, enfim, coisas que podem ser corrigidas com tratamento ou cirurgia), doença tratável grave (falta de oxigênio no parto, etc.), o que é HIV negativado (a mãe é HIV positiva, então o bebê nasce com os anticorpos da mãe - que dão a falsa impressão de HIV positivo. Mas com o passar do tempo o bebê desenvolve seus próprios anticorpos e neste momento é possível determinar que o bebê na verdade é negativo) e outras coisas que nos farão mudar algumas opções na ficha.


Nosso processo se encaixa onde está a maioria dos processos: a fila é lenta por que todos querem bebê, branco e menina. No nosso processo fomos indiferentes apenas ao último item, mas pedimos bebê até 2 anos, branco (já expliquei aqui por que, mas basicamente o que falei para a psicológa reflete exatamente o que pensamos: queremos ser pais desde o começo e não queremos ter que explicar que o bebê não é nosso filho biológicos todos os dias, para todo mundo. Pelo menos é isso que pensamos agora). E apesar do que as assistentes sociais falaram, não temos preconceito com crianças mais velhas, mas eu gostaria sim de criar um filho desde o começo. Creio que quem já teve filhos pode ter mais facilidade em querer crianças mais velhas, mas quem nunca teve com certeza tem a necessidade de aprender e crescer junto com a criança, acompanhar os primeiros passos, primeiras palavras, primeiro dentinho, afinal, isso tudo não faz parte do processo de nos tornarmos pais?? Então, resumidamente, o negócio vai demorar um bocado...


Creio que a principal informação que nos passaram nesta palestra é que a partir de 1º de novembro será ilegal e proibida a prática de "intuito in persona", que é aquela situação bastante comum em que a mãe doa seu bebê a uma família específica, através de advogados ou conhecidos.

Durante a palestra elas citaram essa situação como um "fura-fila" e que agora a fila andará mais rapidamente. Eu tenho minhas dúvidas. Uma mãe que resolve doar seu filho por não ter condições de criar tenderá a doá-lo se souber que ele seguirá para um lar, para uma família. Acho que é bem mais difícil doar um filho ao "Estado" onde a pessoa não saberá se ela irá para uma instituição, ou ficará aguardando na fila, etc... Tenho dúvidas sérias quanto a esse processo agilizar a fila...

Outra coisa: grupos de irmãos só podem ser adotados juntos, o que faz com que bebês não possam nunca ser adotados por que possuem irmãos adolescentes (que no Brasil não costumam ser adotados). Então deixa-se o grupo na instituição forever...


No final, eles deixaram uma pergunta no ar: "Você sabe o que pode ser herança genética em um indíviduo e o que pode ser contruído através da educação?" E bem, eu não sei. Se alguém souber, me passe por favor. Vou ter que pesquisar...


Beijos, espero que todos estejam bem! vou visitar uns blogs que amo e volto outro dia...