quinta-feira, 30 de julho de 2009

Scrapbook e chá-de-bebê

Organizei um chá-de-bebê para uma amiga que (como eu) tinha horror aquelas brincadeiras de chá-de-bebê. Fiz assim: cada uma chegava e colava uma flor na blusa. A partir de então, não podia mais falar: bebê, o nome da grávida, e o nome do bebê. Lógico que todo mundo fala. Então, quem está perto e ouve a pessoa falar a palavra proibida, rouba-lhe a flor e coloca na blusa. No fim, ganha quem tiver mais flores na blusa (ganhou uma caixa de bombons) e cada uma que perde tem que ir para o "Canto do Pânico". O canto do pânico era uma mesa + 1 cadeira, fechada como uma urna de eleições e com uns adesivos escritos "canto do pânico" e uns gatos arrepiados, morcegos etc. Ninguém sabia o que tinha lá, só sabia que tinha que ir para lá, que o castigo estava lá.




Lá tinha um scrapbook que eu fiz (ai que legal, amei fazer!!!) e mais um monte de figurinhas, fita banana, cola, adesivos, papéis cortadinhos, canetas coloridas e com gliter etc. Cada um tinha que escrever uma mensagem de boas vindas para o bebê ou para a mamãe, ou para os dois.


A capa do scrapbook


A primeira página



Essa foi a surpresa para ela no final. Ela gostou!



O convite do chá (eu que fiz!!!)


Uma das páginas (olha a foto dela q linda!)

para pôr a foto do bebê dormindo...

E eu adorei esse negócio de scrapbook! nunca tinha feito, vi uns modelos na papelaria e montei um para ela - ficou bem legal! Agora vou fazer uns cursos disso - pensou que delícia??


mais uma página...

sábado, 25 de julho de 2009

Próximos passos

Esse blog está meio abandonado por que não tenho muita coisa para postar por aqui...

Estou sem tentativas ou tratamentos, a única novidade é que entrei com o processo de adoção.

Entrei antes da nova lei, mas a nova lei já me deu um balde de água fria em uma situação que eu já considerava morna...

Meu maior pesadelo é voltar a depender da justiça brasileira, pois sei que ela não existe. E pior: além de não existir na forma de "justiça", ainda te endemoniza.

Então, entrei com o processo, mas estou tentando não pensar muito que eles aparecerão na minha casa e começarão a me questionar por que eu quero um bebê e não uma criança maior, por que quero branco e não negro ou mulato, etc.

Eu gostaria mesmo de um dia ter um bebê nos braços, gostaria de ter o sonho de lhe dar um nome, de ver os primeiros passos, as primeiras palavras... e também, adoraria não ter que explicar para todo mundo que a criança não nasceu de mim, sempre que encontrar alguém na rua, na escola, ou seja, em qualquer conversa de rua, por isso queria uma criança parecida comigo. Mas sei que isso derruba as chances lá para baixo, assim como esse tal cadastro nacional, que complica ainda mais o que já era complicado (ou as pessoas acreditam que todas as comarcas do país possuem computadores com internet ou rede?).
Mas OK.

Decidi colocar nas mãos de Deus. Se for para o meu filho vir para mim por esse meio, que venha então desta forma. Se não, no ano que vem quero tentar de novo. Vou guardar dinheiro para tentar as FIVs no Paraná e quem sabe umas Inseminações por aqui mesmo? Putz, aí será necessário muito dinheiro... e bom não vou ter tudo isso não...

Mas ok, vamos ver o que vai dar para fazer no ano que vem.

Esse ano, não tem mais nada para tentar: no money at all e a adoção já viu... entrei com o processo há um mês e a única coisa que ganhei até agora foi um número de protocolo...

O certo é enviar para comarcas que ainda aceitam o processo de pessoas de outras cidades, esse é o próximo passo.

Bem, volto a escrever sobre isso...

No mais, estou feliz de acompanhar tantas meninas grávidas e tantas descobertas nos outros blogs!


Ah!! fiz o chá de bebê de uma amiga e preparei para ela um Scrapbook!! Ficou lindo!!
Depois eu posto aqui as fotos!


Bjs e até mais!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nova Lei de Adoção no Brasil

A Nova Lei de adoção foi aprovada ontem no Congresso, e pelo conteúdo expresso, o que já era muito difícil, está agora beirando o impossível.

E não acredite nas embromadas palavras dos legisladores de que a lei acelerará o processo de adoção...

Vejam algumas novas regras e meus comentários pessoais (desculpem pelo mau humor, mas lei nesse país só existe para facilitar para quem faz tudo errado - o que seria o fora-da-lei em outro país - e ferrar quem tenta ser correto...):


Nova lei de adoção é aprovada no Senado

O Senado aprovou ontem a nova lei nacional de adoção. O texto prevê que, antes de a criança ser encaminhada a um abrigo, sejam esgotadas as possibilidades de acolhimento pela própria família.
(neste caso, a destituição será dificultada e a criança terá que permanecer em uma família em que muitas vezes a maltratou, abusou, etc. Na prática, isso só irá gerar mais burocracia, pois em geral, se a família é boa, ela naturalmente solicita a guarda de uma criança desprotegida - como no caso de perda dos pais, etc.).

No caso de perda do pai e da mãe, por exemplo, tios, avós e parentes próximos serão estimulados a assumir a criança. Outra mudança é que os abrigos terão de fazer relatórios semestrais justificando a permanência das crianças, o que deverá diminuir o tempo em que elas ficam nas instituições. (quando vencer o tempo máximo de permanência de 2 anos em instituição segundo a nova lei, eles farão o quê com a criança?)

Aqueles que quiserem adotar terão de passar por uma preparação prévia que estimulará a adoção de crianças que não são normalmente procuradas por pais adotivos (beleza! além de esperar por 4 anos pelas entrevistas, palestras, visitas das assistentes sociais, etc., ainda teremos que fazer mais uma preparação para a adoção, o que inclui uma pressãozinha básica para deixarmos a realeza e arrogância de lado e adotarmos crianças completamente diferentes do que solicitamos no cadastro. O projeto, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), já tinha sido aprovado pela Câmara. Falta agora apenas ser sancionado pelo presidente da República.
- A preferência é de a criança ficar dentro da família, com o avô, com o tio. Esgotada essa possibilidade, vamos ao cadastro fazer um processo de habilitação e preparação - disse o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), relator do projeto.
Na Câmara, a possibilidade de adoção por casais homossexuais foi derrubada. No entanto, qualquer pessoa maior de 18 anos, independentemente do estado civil, pode se candidatar a pai ou mãe adotiva. (um adolescente de 18 anos - desempregado e solteiro - poderá adotar uma criança, mas um casal homossexual estável, empregado, com 30 anos, não poderá... engraçado, né?)

Segue o link para a matéria acima:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/07/16/nova-lei-de-adocao-aprovada-no-senado-205432.asp



Não está aqui, mas faz parte desta lei:

Haverá acompanhamento posterior a adoção também. Ou seja, tudo o que sempre quisemos: ter um monte de visitas de assistentes sociais atrapalhando nossos horários de trabalho, as programações familiares, etc. além da humilhação de ser tratado como bandido, passível de desconfiança e monitoramento, só por que decidiu adotar uma criança...

Outra alteração que não aparece neste texto diz respeito a irmãos: os grupos de irmãos serão colocados sob adoção da mesma família substituta, cuja única exceção é relacionada ao risco que um irmão pode oferecer ao outro. Ou seja, se uma família teve 15 filhos, serei obrigada a adotar todos ou não poderei adotar nenhum!!

Indígenas: deverão permanecer em reservas, ou o adotante deverá ensinar a criança todos os conceitos, crenças e rituais de sua tribo de origem. Ótimo. Me dê a reserva Raposa Serra de Sol de presente que eu juro que ensino ao pequeno indígena as lendas sobre Yara e nossa descendência do guaraná, ao mesmo tempo em que a tribo dele aprende sobre o novo vencedor do Big Brother na TV de Plasma que fica na oca, dentro da reserva...

Desculpem pelo desabafo, mas a lei nesse país é uma merda.

Leia a lei na íntegra:
http://web1.estadao.com.br/pdf/arquivos/15_07_2009substi.pdf